sábado, 28 de julho de 2012

BRASIL, CAMPEÃO MUNDIAL EM HOMICÍDIOS

BRASIL, CAMPEÃO MUNDIAL EM HOMICÍDIOS: Quais os papéis da Polícia Judiciária frente a essa realidade e na Copa do Mundo de 2014.

Em recente pesquisa divulgada no Anuário Brasileiro de Segurança Publica 2011, 70 % da população brasileira confia pouco ou quase nada nas polícias estaduais, tendo-se uma pequena diferença entre Polícia Militar e Polícia Civil. Esse índice cai para 51,1 % em relação à Polícia Federal, que assim se consolida como a polícia que tem o melhor índice de aprovação da população brasileira. É o que se percebe na seguinte tabela:

Segundo a pesquisa Índice de Confiança na Justiça Brasileira (ICJBrasil, 2011), 47 % dos brasileiros confiam na justiça Criminal e 50 % no Ministério Público, muito embora em pesquisa quantitativa e qualitativa 83% dos entrevistados acreditam que há impunidade no Brasil. Essa sensação de impunidade é justificada, segundo a percepção dos entrevistados, devidos aos seguintes fatores: leis e penas muitos leves (35%), onde 62% acreditam que se um rico e um pobre cometem o mesmo crime, a pena para a pessoa rica seria mais leve; juízes que absorvem muito (11%); morosidade do Judiciário (12%); ineficiência da polícia (6%) e corrupção policial (32%).

É preocupante o elevado percentual da população que acredita que há muita impunidade no sistema criminal brasileiro (47%), para esses, isso ocorre por falhas na legislação penal, na aplicabilidade efetiva das penas, na morosidade e no distanciamento do Judiciário da população mais desassistida e o descrédito nas instituições policiais. Percebe-se com esses dados que temos problemas a serem corrigidos nos três níveis de poderes e nas três esferas de competência: União, Estados e municípios, no Legislativo (leis), Judiciário (justiça) e Executivo, que é responsável pelas políticas públicas nas aéreas sociais e da segurança pública, bem como aparelho policial e penitenciário.

Como resultado do descrédito na Polícia Civil brasileira, a ICJBrasil 2011 mostra que 48% das pessoas deixam de procurar a polícia depois de terem sido vitimas ou testemunhas de um evento delitivo. Assim, quando o cidadão vitima de violência faz a relação custos X benefícios e pondera entre ir a uma delegacia fazer o Boletim de Ocorrência, o que envolve tempo, gastos com deslocamento, medo de represálias e descrença na eficiência da Polícia Civil, e opta por não “colocar o caso pra frente”, contribui para o ciclo vicioso da impunidade, onde crimes de ação pública incondicionada deixam de serem apurados e a impunidade estimula novas ações criminosas.

Mas um dos fatores que mais contribui para a impunidade no âmbito da Polícia Civil é a gigantesca quantidade das notícias-crime que chegam até as autoridades policiais e que viram apenas estatísticas, ou seja, mesmo com o devido registro não são efetivamente convertidos em inquéritos policiais, que por sua vez não geram ações penais. Estima-se que aquelas que seguem o rito normal da busca da verdade (B.O, Inquérito policial e ação penal) não passam de 5% do total. Na sabedoria popular esse tipo de BO é jocosamente apelidado de “Boletim de Otário”.

Nessa breve análise da percepção social sobre justiça e segurança pública, não se pode deixar de lado o crime contra a vida, que é o maior de todos os crimes. Nesse quesito o Brasil é o campeão mundial em números absolutos, campeão mundial também por morte com armas de fogo. O maior percentual de vítimas (57,7%) encontra-se entre os jovens das camadas sociais menos favorecidas, com baixa escolaridade, pardos e negros e que estão na faixa etária entre 15 e 24 anos, que também é a faixa etária da maioria dos homicidas e da população carcerária. É o tipo penal em que a miséria social, a corrupção dos políticos, a lentidão da justiça, a corrupção e a violência policial aqui discutidas, denotam o quão é ineficiente a capacidade do Estado em punir.

Combater a criminalidade tem um alto preço no desenvolvimento do país, pois cada vez mais se faz necessário aumentar os gastos com segurança, tanto no setor público quanto na iniciativa privada. É comum ouvirmos que os governos gastam muito, mas gastam mal, por isso, cabe a sociedade civil organizada fiscalizar a qualidade desse gasto. Quanto à relação investimento X homicídios, temos o seguinte gráfico:

Nessa época de preparação para a Copa do Mundo de Futebol, onde milhares de Reais estão sendo investidos a toque de caixa nas cidades-sede, nós que fazemos parte da polícia judiciária temos que iniciarmos urgentemente o debate e refletirmos sobre o que se tem feito para conquistar a confiança dos cidadãos em nossa instituição, que é tão importante para o equilíbrio do Estado Democrático de Direito, e quais os projetos a médio e longo prazo de políticas públicas permanentes sobre a problemática da violência que vão além das questões de polícia, e que estão intimamente interligadas, como investimentos na saúde, geração de emprego e renda, e na diminuição das desigualdades sociais.

Por estar corriqueiramente exposta na mídia local, é pública e notória a situação de calamidade da Polícia Civil do Estado do Ceará. Também é verdade que o Governo Cid Gomes tem feito muito pela segurança pública e quando iniciou seu primeiro mandato essa já era uma realidade instalada, pois o que existia era: delegacias funcionando em casas adaptadas com péssimas condições de funcionamento e xadrezes superlotados; quadro de pessoal desmotivado e muito aquém do quantitativo mínimo indicado por organismos internacionais; equipamentos e viaturas obsoletos; muitos municípios sem delegacias ou alguns com unidades policias comandadas por polícias militares fazendo às vezes de delegados; milhares de inquéritos policiais “engavetados” sem perspectiva de autoria; pericia forense igualmente sucateada; etc..

Foi o próprio governo quem alertou à sociedade do resultado de anos e anos de descaso com a instituição, quando o então Secretário de Segurança, o Sr. Roberto Monteiro, asseverou por diversas vezes que a Polícia Civil estava falida e os Srs. delegados não sabiam fazer inquéritos.
Por isso, é essa atual gestão, que colocou a segurança pública como uma das prioridades do seu programa de governo, que tem a obrigação moral de mostrar sua competência e tirar a Polícia Civil da falência e da UTI onde ela agoniza.

No concurso para o provimento do cargo de Inspetor de Polícia Civil do Estado do Ceará 2011, a quantidade de inscritos(14182) e a demanda de candidatos por vaga (19,6) denota o quanto essa instituição esta desacreditada. Hoje, ingressar na carreira de policial civil não tem o mesmo atrativo de outras áreas da administração pública, é o que se percebe na tabela abaixo:


ORGÃO Demanda de candidatos por vaga
ABIN 615,94
Agente Policia Federal 215,6
Assembléia legislativa Ceará 139
Correios 294
Perito PEFOCE 30,34
Ronda do Quarteirão 40,8(Homens)
120(Mulheres)
Inspetor Policia Civil Ceará 19,6

Como exposto acima, pelos baixos salários, pela falta de perspectiva de crescimento dentro da instituição, ser um policial civil hoje antes de tudo é um ato de coragem e abnegação, onde muitos querem sê-lo, outros tantos querem deixar de ser. Mas para aqueles que são policiais de corpo e alma, que são vocacionados, que amam o que fazem e tornaram o antigo sonho de criança em realidade, sempre vai resta um fio de esperança de dias melhores.

IPC Nelyjon Feijó (MOVIMENTO VAMOS MUDAR A POLÍCIA)
ANEXOS

Taxa de evolução dos homicídios no Brasil e no: Ceará disponível em:
http://www.mapadaviolencia.org.br/

segunda-feira, 23 de julho de 2012

ORÇAMENTO DETALHADO DA REFORMA DA NOVA SEDE DO SINPOCI

Bem companheiros, ao que parece de nada adiantou denunciarmos, irmos ao sindicato e acreditarmos na palavra do Secretário Geral Hernani Leal, que prometeu (tudo registrado em video) assinar requerimento pela convocação de uma Assembleia Extraordinária da categoria para deliberar acerca desse gasto absurdo de R$440.000,00 na reforma da nova sede.

A diretoria continua inerte e "fazendo ouvidos de mercador" aos anseios da categoria.

Fizemos um rápido cálculo matemático para termos uma noção desse montante e chegamos à conclusão que você, pobre, esquecido e abandonado inspetor/escrivão, teria que trabalhar nada mais e nada menos que 169 longos e extenuantes meses para recolher tamanha quantia. Imaginem aí, 14 ANOS em delegacias fétidas, convivendo com o que de pior existe na sociedade e arriscando a vida para arrolar um valor que agora o nosso sindicato pretende gastar, sem nem sequer se dar ao trabalho de consultar a sua opinião.

Sim, a sua opinião, pois É VOCÊ FILIADO, O VERDADEIRO DONO DESSE DINHEIRO !

O Secretário Geral falou em um dos videos que durante a greve não mexemos em quase nada dos cofres, o que para nós não foi nenhuma surpresa, visto que muitas das deliberações da categoria NUNCA FORAM ATENDIDAS, como o caso da veiculação do nosso movimento em mídia televisiva.

Durante a paralisação do começo do ano, nós que participamos ativamente, vimos o quanto era difícil convencer os diretores a gastar com os filiados que estavam acampados na praça. Ocorreram situações em que faltou água e comida, bem como mínimas condições de conforto pela falta de um simples colchonete ou higiene, a praça sempre estava imunda. Os que vieram do interior ficaram praticamente abandonados à própria sorte e foram verdadeiros guerreiros em enfrentar tantas adversidades. Nossa presidente Inês Romero em uma ocasião para lá de vexatória, chegou inclusive a afirmar durante uma visita ao Bispo Dom Edmilson, que estava passando fome na praça, o que fez com que o generoso homem de Deus retirasse alguns biscoitos de sua despensa e os entregasse à mesma, pasmem !

Então vejam companheiros e companheiras, o quanto as coisas mudaram !

Antes o que se via era um cuidado desmedido com o nosso dinheiro, uma dificuldade sem tamanho em investir no que a classe deliberava em assembleia e uma falta de tato em perceber as nossas básicas necessidades ali acampados na praça... e agora, como se fosse uma compra que se faz no mercantil da esquina, algo simples e de pequena monta, pretende-se gastar a totalidade do dinheiro que temos em caixa e tudo feito decidido em uma reunião não divulgada e que só chegou ao nosso conhecimento, após denúncia formulada pelo Conselheiro Fiscal Roney Farias na rede social facebook.

Vergonha e Revolta é o sentimento da classe em relação a essa Diretoria.

Avisamos que ainda há tempo de corrigirem isso. Ajam como deveria ter sido feito desde o princípio. Convoquem uma Assembleia Extraordinária para que os filiados decidam se a reforma é ou não conveniente no momento. Façam isso antes que tudo  tome uma proporção sem volta. Não pensem que a categoria aceitará isso inerte.

Segue abaixo o orçamento detalhado da reforma da casa, que apenas em estrutura totalizará R$440.000,00, sem contar os gastos necessários para mobiliar o imóvel, que nos custarão outra pequena fortuna.

MOVIMENTO VAMOS MUDAR A POLÍCIA











quarta-feira, 18 de julho de 2012

VIDEOS DA VISITA DO MVP AO SINPOCI - SAIBA A VERDADE SOBRE A NOVA SEDE


Sexta-feira (13/07/2012), um grupo de associados a convite do movimento VAMOS MUDAR A POLÍCIA, foi à sede do SINPOCI para cobrar explicações da diretoria sobre reunião amplamente divulgada pelos internautas, ocorrida no dia 27 de Julho, onde teria sido aprovada a reforma/construção da nova sede do sindicato, que importaria inicialmente a quantia de R$ 440.000,00 (QUATROCENTOS E QUARENTA MIL REAIS), o que deixaria o caixa do sindicato em sérias dificuldades financeiras.

    
No SINPOCI, encontravam-se dois diretores: HERNANI LEAL e SAMUEL BEZERRA. A senhora presidenta saiu para uma “reunião externa” poucos segundos antes de adentrarmos na sede e via telefone informou que não poderia retornar de imediato, o que denota absoluto desdém pelas preocupações da categoria, pois a mesma seguramente fora avisada da chegada do grupo e saiu sorrateiramente para evitar o confronto. Assim, restou-nos apenas apresentarmos nossas queixas aos diretores presentes e solicitar o bom senso de convocarem uma assembleia extraordinária para abrirmos o debate sobre as reais necessidades da categoria.

Inquiridos sobre a aludida reunião os citados diretores confirmaram a veracidade do que outrora já alertamos nas redes sociais. Segundo o secretário geral do SINPOCI, HERNANI, nessa reunião tratou-se sobre a reforma/construção da nova sede do sindicato, onde aprovaram em votação unânime o orçamento apresentado de R$ 440.000,00 (QUATROCENTOS E QUARENTA MIL REAIS), que apenas SAMUEL apresentou uma ressalva em seu voto, para ele, a categoria deveria ser consultada sobre o tema.

Questionado sobre a necessidade da participação da categoria e sua capacidade de tomar suas próprias decisões, HERNANI, novamente avocou o estatuto para blindar a atitude imperialista da diretoria e foi bem enfático ao apontar as falhas do estatuto e sugeriu que somente com a reforma dessa lei poder-se-ia evitar que tais abusos ocorressem.

Depois de duas horas de debate, comprometeu-se com os presentes que iria assinar solicitação para convocação de uma assembleia extraordinária para deliberação da categoria sobre a real necessidade da construção de uma nova sede, sobre a reforma do estatuto e discussão sobre caminhos na reestruturação da Polícia Civil, o que de pronto foi seguido por SAMUEL e GELDA, que por contato telefônico confirmou seu apoio. Solicitamos, ainda, que os mesmos intercedam com a senhora presidenta para que suspenda qualquer negociação ou assinatura de contrato para essa construção até a deliberação da categoria.

Preocupa-nos a forma e o distanciamento que a atual gestão sindical trata seus pares, abalizando-se por um estatuto viciado, agindo na surdina e sem transparência nos seus atos, obrigando-nos a deixar nossos afazeres domésticos e laborais para exigir que sejamos ouvidos e respeitados dentro de nossa “própria casa’. Estamos cansados de ditadores. Agindo assim, a atual diretoria repete erros de outras gestões que da mesma forma, truculenta e arbitrária, conduziram seus mandatos em ilhas de soberba. 

Seguem abaixo trechos dessa reunião.


MOVIMENTO VAMOS MUDAR A POLÍCIA




quarta-feira, 11 de julho de 2012

PERGUNTAMOS À CATEGORIA: VAMOS MESMO PERDER R$440.000,00 ?


                       Oh! Poderoso THOR, filho de ODIN, dê-nos a força do seu poderoso martelo MJOLNIR para combatermos as forças do mal.


                     Como foi vinculado aqui neste blog e nas redes sociais, uma reunião secreta no dia 27/06/2012, da diretoria do SINPOCI, aprovou a construção de uma nova sede ao custo inicial de R$ 440.000,00 (QUATROCENTOS E QUARENTA MIL REAIS), que deixará o caixa do sindicato em sérias dificuldades financeiras. Nessa reunião, também foi deliberado que não seria necessário nenhum tipo de consulta aos associados. 

                  Não estamos aqui como mensageiros de más noticias, porém, voltamos a alertar à categoria sobre a gravidade dessa atitude imperialista daqueles que deveriam zelar pelo bem comum dos seus pares e jamais poderiam desrespeitá-los dessa forma, o que põe em cheque sua legitimidade como representante dessa categoria.

                  No momento em que lutamos por respeito, reconhecimento e salários compatíveis com nossas atividades, a diretoria nos subestima e resolve dilapidar nossas parcas economias, que só Deus sabe quanta falta faz em nossos lares, em uma mega construção, o que é típico de gestores ufanos que se eternizam deixando sua marca em uma placa metalizada em algum canto de sala.

               A denúncia que ora expomos, não é mais um boato da “RÁDIO PEÃO”, na verdade, esses fatos são verídicos e só chegaram ao nosso conhecimento graças às redes sociais (FACEBOOK e ORKUT), através de textos publicados por alguns diretores que não compactuaram com esse nefasto conchave. Como exemplo, citamos um trecho de um diálogo virtual entre o Erivando (diretor de formação sindical) e um internauta no Orkut da comunidade aberta da Polícia Civil, onde o mesmo comenta sobre os bastidores da construção da nova sede:


“Migalha Huck:
Erivando,

Peço a você, encarecidamente, que, como diretor, mantenha contato telefônico com o SINPOCI e pergunte a respeito dessa dúvida que foi levantada na comunidade a respeito da suposta reforma do imóvel em todo seu contexto, veracidade e consequências financeiras.

Agradeço e, acredito, que a Categoria também !

ERIVANDO SILVA - 09:42
Migalha,

Em que pese em ter sido contra a construção no momento, POR ACHAR QUE PODEREMOS PRECISAR DO DINHEIRO EM 2013 e 2014, também sendo o SAMUEL contrário, FOMOS VOTOS VENCIDOS E A BENDITA OBRA DEVE SER FEITA....È verdade que vai ser usado quase todo o dinheiro sim, pois, de acordo com os favoráveis, ESSE DINHEIRO SEMPRE FOI PARA ESSE FIM...

Cada cabeça é uma sentença né! Confesso que já quebrei muito minha cabeça tentando evitar medidas que não achava acertadas, MAS CONFESSO QUE ESTOU CANSADO DE TUDO ISSO..”


http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=1483735&tid=5761748703291149934&na=4&npn=6&nid=1483735-5761748703291149934-5763794953892542530.
   
               Assim, como não podemos clamar socorro ao poderoso THOR, filho de ODIN, clamamos à categoria a agir imediatamente e impedir mais essa insanidade administrativa e cobrar explicações daqueles que foram eleitos apenas para nos representar e não para tomar decisões por nós. 

MOVIMENTO VAMOS MUDAR A POLÍCIA

quinta-feira, 5 de julho de 2012

REUNIÃO FECHADA DECIDE SOBRE A CONSTRUÇÃO DA NOVA SEDE




O MOVIMENTO VAMOS MUDAR A POLÍCIA, por dever de ofício e compromisso moral com a categoria, apresenta a “carta manifesto” postada pelo Conselheiro Fiscal do SINPOCI, Roney Farias, na rede social FACEBOOK em sua página pessoal, disponível em: https://www.facebook.com/roney.farias.39 onde o mesmo mostra sua indignação e faz um desabafo pessoal acerca da decisão unilateral da diretoria do SINPOCI, que em reunião fechada sem sua participação, deliberou  no dia 27/06/2012 em realizar reforma e construção  de uma nova sede. 

O que nos causou perplexidade em tal documento foi a forma sigilosa e sorrateira dessa decisão e os valores contratados de R$440.000,00 (QUATROCENTOS E QUARENTA MIL REAIS), que deixarão o sindicato em dificuldades financeiras, haja vista ser, segundo suas informações, praticamente os recursos disponíveis hoje em caixa.

Alertamos a categoria sobre a gravidade do que é exposto pelo Conselheiro Fiscal, pois, agindo dessa forma a atual diretoria desrespeita seus associados quando toma decisão dessa magnitude sem consultá-los em assembleia, armando-se de um estatuto questionável, que com suas “brechas legais” permite aberrações como as aqui denunciadas. Nem tudo que é legal, é moralmente aceitável. 

Em se confirmando tais informações, não entendemos o porquê da categoria não ter sido comunicada acerca de algo tão importante. Esse dinheiro nos pertence. É fruto do nosso suor e sendo assim, a categoria deve exigir da diretoria explicações em assembleia, onde poderemos deliberar sobre essa matéria.

MOVIMENTO VAMOS MUDAR A POLÍCIA

Segue abaixo texto na íntegra:

"CARTA MANIFESTO

Hoje, sento-me frente a esta tela como quem se posta diante de um espelho e observando tantos cabelos brancos admito: rendo-me, estou cansado.
Não suporto mais carregar sozinho um fardo, por vezes insurreta, de tamanha responsabilidade no SINPOCI.
Não falo tão somente da displicência com seus associados que compartilham entre si o sentimento de abandono, mas do abuso de poder quando sorrateiramente tomam atitudes inconseqüentes que envolvem toda categoria APJ (ressalvo que me dirijo aos filiados a esse sindicato), sem a preocupação de tocar-se em bom senso e prudência.
Durante a semana passada soube da articulação de uma assembléia da Diretoria Executiva que abordou a reforma da propriedade no Centro de Fortaleza adquirida na gestão passada. Fui comunicado na sexta-feira ultima pelo Diretor Executivo Secretário Geral Hernani Leal da sessão que decidiu pela reforma da supra citada, onde o estatuto do SINPOCI abre legalidade da não necessidade da aprovação da base (não tive acesso à ATA). Embora ignorante no assunto, vista as condições do imóvel, suponho ter sido um mau negócio para todos os associados - representados pelo SINPOCI - compradores do imóvel. Haja vista ter de ser demolida para construção de outro bem. Ora, tantos mil reais em um terreno!
Na posição de Conselheiro Fiscal desse sindicato (remanescente da chapa original) sinto-me na obrigação de comunicar a meus companheiros filiados o trâmite do negócio:
Foram feitos 03 (três) orçamentos e o de menos gasto foi dado como vencedor, custando-nos o montante de 440.000,00 (quatrocentos e quarenta mil reais). Temos atualmente em caixa a quantia exata de 452.108,83 sem o repasse deste mês vigente. Segundo o Diretor Executivo de Finanças Érico Sales após a quitação de compromissos com os custos mensais do sindicato que aproxima a margem de 80.000,00 (oitenta mil reais), sobram-nos cerca de 15.000,00 (quinze mil reais) mensais de credito em cofre.
Não quero “por em cheque” a ilibação da Diretoria Executiva do SINPOCI, até mesmo porque todos, antes de serem companheiros de luta são profissionais competentes e chefes de lar que jamais maculariam sua reputação com coisas tão pequenas. Todavia, acredito ser de interesse público dos associados e meu papel como fiscalizador do nosso dinheiro trazer à tona a urgência de uma obra tão custosa embora necessária.
Pessoalmente, volto-me e analiso que após mais de uma década de contribuição, se tivesse investido em qualquer que fosse a aplicação meu minguado, embora suado dinheiro, não estaria passando as pelejas de aluguel nem gastando com moveis que se deterioram com freqüentes mudanças, na busca de mais conforto para o que entendo por família e mais acessibilidade a amigos, parentes e companheira.
O que me deixou mais perplexo foi o descaso com o Conselho Fiscal que não recebeu um convite (sequer informal) para sessão que decidiria sobre um montante tão consistente dos cofres privados. Por vezes ouvi de Diretores Executivos que o papel do Conselho Fiscal é “conferir se tem recibo e nota e olhar se bate com os cheques”. Ridiculamente, emerge em mim o sentimento de inútil além de toda fadiga.
Percebi, durante a ultima prestação de contas (que estavam impecáveis) a falta de um orçamento anual ou um planejamento de custos com o pecúlio alheio. Em um português bem claro: não existe regra para gastos.
Volto a ratificar que foram aprovadas as contas do ano passado (inclusive por mim assinada) tendo visto que todas as notas e recibos batiam com os cheques impecavelmente organizados pela tesouraria.
No que se refere à reforma da casa, me foi sugerido pelo Diretor Executivo de Finanças que procurasse outra empresa de construção que nos desse gastos menores pelos vãos que serão construídos na nova sede.
Entendendo que o patrimônio não pertence somente a mim e que minhas atribuições não competem procura de orçamentos, ponho publica a sugestão de que cada colega filiado que tenha disponibilidade em seu apertado tempo de folga, procure um orçamento mais barato, sendo sabedor de que a Diretoria Executiva do SINPOCI sente-se confortável em disponibilizar a planta e o projeto aos interessados em ajudar nesta empreitada.
O Diretor Executivo de Formação Sindical Erivando Moreira sugeriu a abertura de uma licitação, como propõe a Lei 8.666/93 fazendo ainda mais transparente as boas intenções da atual gestão de nosso sindicato de deixar seu legado.
Sugiro que novas propostas sejam feitas imediatamente, pois os planos são para que em breve (muito breve) o contrato seja firmado com a Empresa de Engenharia IMENT CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS LTDA., dado o sinal de 88.000,00 (oitenta e oito mil reais) referente a 20% do projeto e entrada nos documentos na SEMANCE.
Sinceramente, desejo que tudo se resolva da melhor forma possível e que todas as partes envolvidas fiquem satisfeitas com o final do impasse.

Att.,

Roney Farias
Auxiliar de Perícia
Conselheiro Fiscal do SINPOCI"


quarta-feira, 4 de julho de 2012

REFLEXÕES SOBRE A AUDIÊNCIA PÚBLICA



               Nesta terça-feira (03/07), tivemos oportunidade de assistir à “Audiência Pública- Atual Situação da Polícia Civil do Ceará”. Mais uma vez gostaríamos de compartilhar as nossas impressões com os colegas que não puderam, ou não quiseram participar, e para quem mais possa interessar. Desta vez, como foi uma reunião ao vivo transmitida via TV Assembléia, poderemos continuar o debate nessa rede social sem causarmos tantos transtornos.

              Antes de qualquer coisa, gostaríamos de registrar a falta do Sr. Coronel Francisco Bezerra, Secretário de Segurança. Até poderíamos entender que ele, por ser um militar, não teria muito o que falar sobre Polícia Civil, mas, como secretário teria que saber tudo o que está acontecendo na Polícia Civil e essa seria uma excelente oportunidade para ele finalmente estar "tête-à-tête" com os policiais civis. Por fazermos parte de sua pasta, deveria estar sim presente ao evento, no mínimo para prestigiar aquele encontro que era tão importante para a categoria. Da mesma forma estiveram ausentes o líder do governo na Assembleia Legislativa e demais representantes do Senhor Governador.

              O destaque da reunião ficou com o Delegado Quintino Farias, que estava representando a cúpula da Delegacia Geral. Mostrou-se cortês e sensível com a causa da nossa categoria e, principalmente, com os anseios dos candidatos aprovados no último concurso para Inspetores, que foram maioria absoluta dos presentes, tranquilizando a todos sobre a possível convocação da totalidade dos aprovados (1480). 

             Discutir assunto de polícia parece que não agrada muito aos Srs. Delegados de Polícia, haja vista que não havia nenhum deles presente naquela casa do povo. O Delegado Cavalcante estava ali como deputado e o Sr. Quintino Farias como membro da administração da Polícia Civil. Será que os delegados não se fizeram presentes por acharem que não são policiais civis ? ou sonharam que nós estávamos ali apenas para mostrar nossos contracheques e chorar miséria ? Acordem Srs. Delegados, os tempos são outros, nós não somos um bando de “analfabrutos”, somos mentes pensantes. Estávamos todos ali por uma causa nobre: contribuir para salvarmos nossa instituição da “falência”.

            Aqui abrimos um “parêntese” e lembramos a esses senhores: quando o Sr. Roberto Monteiro, o então Secretário de Segurança Pública, sentenciou a falência da Polícia Civil do Estado do Ceará, ele não colocou a culpa em Escrivães e Inspetores, o recado foi direto para os senhores, a quem acusou ainda de não saberem fazer seu maior ofício, o inquérito policial. Até hoje não o desmentiram. 

             Quanto à audiência em si, pareceu mais um show de auditório, com hora para começar e hora para acabar. Algumas figuras ilustres fizeram-se presentes na mesa somente por esse motivo. Discursaram com frases de efeito para logo em seguida retirarem-se com as devidas desculpas de praxe, claro. Mas em nada contribuíram para que de fato houvesse um debate franco e direto.

             Não houve um debate propriamente dito, pois não tivemos confronto de idéias ou grandes polêmicas. O encontro transcorreu sem maiores novidades, ou seja, nenhum fato novo foi colocado pela administração ou pela diretoria do Sinpoci. Foram feitas apenas intervenções ponderando-se sobre a necessidade de se corrigir distorções salariais, aumentar o efetivo e a dificuldade de se ter uma polícia eficiente nessa atual conjuntura. No entanto, acreditamos que valeu, pois serviu para levarmos nossas queixas e esperanças ao Legislativo. Ao final, o Deputado Cavalcante comprometeu-se de levar nossos anseios e reivindicações ao plenário da casa em seus pronunciamentos e encaminhar documento ao palácio do Senhor Governador.

          Temos que fazer um pacto de comprometimento na luta por melhorias na nossa instituição, pois só assim conseguiremos o tão sonhado reconhecimento. Por isso, alertamos aos colegas que mais uma vez a categoria deixou de se fazer presente em grande número como se esperava. Lembramos a todos que não podemos deixar tudo não mão só dos nossos representantes no Sinpoci, que devem aproveitar para refletir o porquê desse descompasso entre a categoria e o sindicato.           

             
MOVIMENTO VAMOS MUDAR A POLÍCIA

domingo, 1 de julho de 2012

AUDIÊNCIA PÚBLICA DIA 03/07/12 - COMPAREÇA !

O Movimento Vamos Mudar a Polícia convoca toda a categoria Policial Civil do Ceará, a se fazer presente na Audiência Pública a ser realizada às 14hs do dia 03/07/2012, na Assembleia Legislativa do Estado.

Acreditamos ser esta uma excelente oportunidade para debatermos com o legislativo os nossos anseios e propormos soluções que viabilizem o reerguimento da instituição e reconhecimento da importância da nossa categoria na estrutura da sociedade.

Conclamamos a que todos compareçam e se façam ouvir.

MOVIMENTO VAMOS MUDAR A POLÍCIA