quinta-feira, 5 de julho de 2012

REUNIÃO FECHADA DECIDE SOBRE A CONSTRUÇÃO DA NOVA SEDE




O MOVIMENTO VAMOS MUDAR A POLÍCIA, por dever de ofício e compromisso moral com a categoria, apresenta a “carta manifesto” postada pelo Conselheiro Fiscal do SINPOCI, Roney Farias, na rede social FACEBOOK em sua página pessoal, disponível em: https://www.facebook.com/roney.farias.39 onde o mesmo mostra sua indignação e faz um desabafo pessoal acerca da decisão unilateral da diretoria do SINPOCI, que em reunião fechada sem sua participação, deliberou  no dia 27/06/2012 em realizar reforma e construção  de uma nova sede. 

O que nos causou perplexidade em tal documento foi a forma sigilosa e sorrateira dessa decisão e os valores contratados de R$440.000,00 (QUATROCENTOS E QUARENTA MIL REAIS), que deixarão o sindicato em dificuldades financeiras, haja vista ser, segundo suas informações, praticamente os recursos disponíveis hoje em caixa.

Alertamos a categoria sobre a gravidade do que é exposto pelo Conselheiro Fiscal, pois, agindo dessa forma a atual diretoria desrespeita seus associados quando toma decisão dessa magnitude sem consultá-los em assembleia, armando-se de um estatuto questionável, que com suas “brechas legais” permite aberrações como as aqui denunciadas. Nem tudo que é legal, é moralmente aceitável. 

Em se confirmando tais informações, não entendemos o porquê da categoria não ter sido comunicada acerca de algo tão importante. Esse dinheiro nos pertence. É fruto do nosso suor e sendo assim, a categoria deve exigir da diretoria explicações em assembleia, onde poderemos deliberar sobre essa matéria.

MOVIMENTO VAMOS MUDAR A POLÍCIA

Segue abaixo texto na íntegra:

"CARTA MANIFESTO

Hoje, sento-me frente a esta tela como quem se posta diante de um espelho e observando tantos cabelos brancos admito: rendo-me, estou cansado.
Não suporto mais carregar sozinho um fardo, por vezes insurreta, de tamanha responsabilidade no SINPOCI.
Não falo tão somente da displicência com seus associados que compartilham entre si o sentimento de abandono, mas do abuso de poder quando sorrateiramente tomam atitudes inconseqüentes que envolvem toda categoria APJ (ressalvo que me dirijo aos filiados a esse sindicato), sem a preocupação de tocar-se em bom senso e prudência.
Durante a semana passada soube da articulação de uma assembléia da Diretoria Executiva que abordou a reforma da propriedade no Centro de Fortaleza adquirida na gestão passada. Fui comunicado na sexta-feira ultima pelo Diretor Executivo Secretário Geral Hernani Leal da sessão que decidiu pela reforma da supra citada, onde o estatuto do SINPOCI abre legalidade da não necessidade da aprovação da base (não tive acesso à ATA). Embora ignorante no assunto, vista as condições do imóvel, suponho ter sido um mau negócio para todos os associados - representados pelo SINPOCI - compradores do imóvel. Haja vista ter de ser demolida para construção de outro bem. Ora, tantos mil reais em um terreno!
Na posição de Conselheiro Fiscal desse sindicato (remanescente da chapa original) sinto-me na obrigação de comunicar a meus companheiros filiados o trâmite do negócio:
Foram feitos 03 (três) orçamentos e o de menos gasto foi dado como vencedor, custando-nos o montante de 440.000,00 (quatrocentos e quarenta mil reais). Temos atualmente em caixa a quantia exata de 452.108,83 sem o repasse deste mês vigente. Segundo o Diretor Executivo de Finanças Érico Sales após a quitação de compromissos com os custos mensais do sindicato que aproxima a margem de 80.000,00 (oitenta mil reais), sobram-nos cerca de 15.000,00 (quinze mil reais) mensais de credito em cofre.
Não quero “por em cheque” a ilibação da Diretoria Executiva do SINPOCI, até mesmo porque todos, antes de serem companheiros de luta são profissionais competentes e chefes de lar que jamais maculariam sua reputação com coisas tão pequenas. Todavia, acredito ser de interesse público dos associados e meu papel como fiscalizador do nosso dinheiro trazer à tona a urgência de uma obra tão custosa embora necessária.
Pessoalmente, volto-me e analiso que após mais de uma década de contribuição, se tivesse investido em qualquer que fosse a aplicação meu minguado, embora suado dinheiro, não estaria passando as pelejas de aluguel nem gastando com moveis que se deterioram com freqüentes mudanças, na busca de mais conforto para o que entendo por família e mais acessibilidade a amigos, parentes e companheira.
O que me deixou mais perplexo foi o descaso com o Conselho Fiscal que não recebeu um convite (sequer informal) para sessão que decidiria sobre um montante tão consistente dos cofres privados. Por vezes ouvi de Diretores Executivos que o papel do Conselho Fiscal é “conferir se tem recibo e nota e olhar se bate com os cheques”. Ridiculamente, emerge em mim o sentimento de inútil além de toda fadiga.
Percebi, durante a ultima prestação de contas (que estavam impecáveis) a falta de um orçamento anual ou um planejamento de custos com o pecúlio alheio. Em um português bem claro: não existe regra para gastos.
Volto a ratificar que foram aprovadas as contas do ano passado (inclusive por mim assinada) tendo visto que todas as notas e recibos batiam com os cheques impecavelmente organizados pela tesouraria.
No que se refere à reforma da casa, me foi sugerido pelo Diretor Executivo de Finanças que procurasse outra empresa de construção que nos desse gastos menores pelos vãos que serão construídos na nova sede.
Entendendo que o patrimônio não pertence somente a mim e que minhas atribuições não competem procura de orçamentos, ponho publica a sugestão de que cada colega filiado que tenha disponibilidade em seu apertado tempo de folga, procure um orçamento mais barato, sendo sabedor de que a Diretoria Executiva do SINPOCI sente-se confortável em disponibilizar a planta e o projeto aos interessados em ajudar nesta empreitada.
O Diretor Executivo de Formação Sindical Erivando Moreira sugeriu a abertura de uma licitação, como propõe a Lei 8.666/93 fazendo ainda mais transparente as boas intenções da atual gestão de nosso sindicato de deixar seu legado.
Sugiro que novas propostas sejam feitas imediatamente, pois os planos são para que em breve (muito breve) o contrato seja firmado com a Empresa de Engenharia IMENT CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS LTDA., dado o sinal de 88.000,00 (oitenta e oito mil reais) referente a 20% do projeto e entrada nos documentos na SEMANCE.
Sinceramente, desejo que tudo se resolva da melhor forma possível e que todas as partes envolvidas fiquem satisfeitas com o final do impasse.

Att.,

Roney Farias
Auxiliar de Perícia
Conselheiro Fiscal do SINPOCI"


3 comentários:

  1. Tem um ditado romano que eu gosto muito que reflete bem a situação: " a mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta".
    No caso, sabemos das boas intenções da diretoria, mas eles tem que lembrar que agindo assim deixam margem a mil interpretações. por isso temos que seguir vários princípios quando se administra a coisa alheia, nesse caso, ao que parece, cumpriu-se apenas o da legalidade do rito formal, mas a moralidade, a publicidade, a economicidade e a participação dos associados nas decisões?

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  2. engraçado, nunca ouvi nenhum filiado reclamar das "instalações" do sindicato... a única coisa que reclamávamos era de não ter um local para as assembleias (será que um espaço grande para assembleia vai estar no projeto novo?) .... o mais engraçado também é o fato de, somente após ser anunciado que as assinaturas teriam sido colhidas, o sindicato dah uma de joão sem braço e TORRA todo o dinheiro num projeto que não vai nos beneficiar em nada! MEU PENSAMENTO é de que o sindicato vai torrar esse dinheiro para não custear o que pretendemos com o abaixo assinado!

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    1. Comungo com o pensamento do companheiro Arrais Júnior,pois houvi com esses meus ouvidos que um dia a terra há de comer, da própria boca da Presidente do SINPOCI e com o testemunho de mais três companheiros e um deles o diretor ERIVANDO, que ela Inês "iria torrar o maldito dinheiro que havia em caixa antes que o seu mandato acabace", pois estava com ódio, pois estava sendo repreendida por mim porque ela estava mendigando comida na ocasião de nossa greve de Janeiro deste ano, infelizmente ela estar cumprindo o prometido na ocasião. Cabe a nos filiados nos unirmos e representamos junto ao MP do Trabalho, orgão competente para a denuncia. Vamos fazer requerimentos junto ao sindicato e solicitar explicações sobre o assunto. E protocola-mos junto ao MP do Trabalho.

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