quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

PANIS ET CIRCENCES

Ignorando a situação caótica por que passa atualmente a Polícia Civil do Ceará, com salários absurdamente defasados em relação a outras categorias da mesma pasta, com o PIOR EFETIVO DO PAÍS, com fugas ocorrendo diariamente, onde inclusive um companheiro somente não foi morto por causa da providência divina... eis que mais uma vez os nossos dirigentes sindicais se esquecem do mínimo bom senso e realizam a festa de confraternização de Natal no clube.

Exatamente como ocorrido no ano anterior, quando 199 policiais civis tiveram seus salários bloqueados e passávamos por uma profunda crise, com uma paralisação que se arrastava indefinida há seis meses, a atual diretoria, ignorando todas as nossas mazelas, resolveu celebrar (não sabemos o que) com a categoria.

Timming, ou a falta de timming, parece ser marca registrada dessa administração. 

Remontamos agora ao ano de 2011, precisamente no dia 24 de maio, quando a  Presidente Inês Romero foi agraciada com uma homenagem na Assembleia Legislativa do Ceará. A referida senhora compareceu à cerimônia e entre sorrisos e apertos de mão, recebeu a comenda, esquecendo-se que exatamente NO DIA ANTERIOR, um delegado e um inspetor haviam sido baleados no 30ºDP durante um resgate de presos.

Não entendemos essa falta de sensibilidade para com a dor alheia. Não enxergamos o que exista para comemorarmos. Não apoiamos essa prática vexatória tratar a categoria como gado e tentar encobrir os problemas, com festas e sorteios. 

Nem o pão e nem o circo nos cegarão !

Que essa diretoria entenda o tamanho da responsabilidade que ora carrega e mude a postura que tem adotado em relação ao tratamento dos problemas mais sérios que afligem a instituição. NEM SEQUER UM ÚNICO DIRETOR COMPARECEU PARA DAR APOIO AO POLICIAL ESPANCADO E QUASE MORTO NO 15ºDP, mas temos certeza que nenhum deixou de se fazer presente à tal confraternização.

Muita coisa tem que mudar, a começar pela mentalidade e consciência dos nossos dirigentes sindicais.

MOVIMENTO VAMOS MUDAR A POLÍCIA

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A história política de Roma se estende de 752 a.C. até 476 d.C. e está dividida em três períodos: Monarquia, República e Império. 
A coragem, a honra e a força eram virtudes admiradas pelos romanos; os espetáculos que destacavam esses atributos eram valorizados e muito populares.

Durante o Império Romano, as lutas de gladiadores, corridas e encenações, serviram para desviar a atenção da população que habitava os domínios romanos. Várias são as interpretações – além desta – para explicar o fascínio dos romanos por esses espetáculos sangrentos:

Dentre as interpretações, a mais aceita é a chamada "política do pão e circo" ou (panis et circenses). Por essa política, o Estado buscava promover os espetáculos como um meio de manter os plebeus afastados da política e das questões sociais. Era, em suma, uma maneira de manipular a plebe e mantê-la distante das decisões governamentais. 

Os Césares encarregavam-se ao mesmo tempo de alimentar o povo e de distraí-lo. Havia distribuição mensal de pães no Pórtico de Minucius, que assegurava o pão cotidiano. Os Cesares não deixavam a plebe romana bocejar nem de fome nem de aborrecimento. Os espetáculos foram a grande diversão para a desocupação dos seus súditos, e por conseqüência o seguro instrumento do seu absolutismo. Isso era um obstáculo a Revolução em uma Urbe onde as massas incluíam 150.000 homens desocupados que o auxílio da assistência pública dispensava de procurar trabalho.


PÃO E CIRCO: http://www.sinpoci.com.br/noticias.php?ident=3930



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