quinta-feira, 14 de junho de 2012

SOBRE A REUNIÃO NA SEPLAG EM 13/06/2012



Atenção companheiros !!! (LEIAM !!!)

Segue abaixo texto escrito pelos companheiros Mário (07ºDP) e Feijó (Div. de Homicídios), membros do Movimento Vamos Mudar a Polícia, os quais participaram da reunião ocorrida no dia de ontem (13/06/12) na SEPLAG entre membros do governo e a diretoria do SINPOCI, para tratar das nossas promoções e da questão das horas-extras constitucionais.

Os policiais relatam no texto pormenorizadamente suas impressões pessoais do que presenciaram naquela sala. Pedimos que leiam tudo com muita atenção e tirem as suas próprias conclusões.

Movimento Vamos Mudar a Polícia

“Caros colegas,        
   
              Na segunda-feira (11/06), eu (Feijó) e o companheiro Mário fomos ao sindicato para solicitarmos a possibilidade de participarmos da reunião, no que fomos prontamente atendidos e na data de ontem (13/06) participamos como convidados na mesa de negociação com os representantes do Governo. Assim, passamos a descrever nossas impressões pessoais sobre essa reunião. Gostaríamos antes de tudo que verificassem no sitio do Sinpoci na Internet o que está posto sobre o mesmo assunto.

              Vejamos um item da Ata do acordo de Janeiro que ainda esta pendente e que seria tratado hoje:

"VIABILIZANDO, ASSIM, O SEU RECEBIMENTO. EM RELAÇÃO AO ITEM 4 DA PAUTA DE REIVINDICAÇÕES, FICOU RECONHECIDA A LEGITIMIDADE DO PLEITO PELO GOVERNO DO ESTADO E O COMPROMISSO DE VIABILIZÁ-LO, DEVENDO SER ENCONTRADA FORMA NECESSÁRIA E HÁBIL PARA EFETIVAR O PLEITO."
              
          Iniciada a reunião, foi dada a palavra a Senhora presidenta do Sinpoci, que passou a explanar sobre as diferenças entre hora-extra e serviço extraordinário; sobre o excesso de horas trabalhadas pelos permanentes das delegacias e os plantões remunerados. Confessamos que ficou um pouco confuso para quem não entende as especificidades de nossa realidade. O Sr Mauro Filho disse que para ele hora extra e serviço extraordinário eram a mesma coisa. Aqui, o assunto poderia ter sido objetivado ao inquirí-lo sobre como seria a implantação da hora extra com o valor constitucional, o que estava na pauta de janeiro. 

                 Mais adiante o Sr. Fernando Oliveira fez a tão temida pergunta de quanto seria o valor da nova hora, foi quando o Secretário da Fazenda demonstrou desconhecimento do pleito. No entanto, não pediu aos assessores técnicos da SEPLAN o estudo do impacto financeiro que os mesmo tinham elaborado, se é que o tinham, e, num gesto de indiferença, jogou sobre a mesa o papel com a repercussão financeira feita pelo Erivando e foi taxativo ao dizer que não pagaria hora-extra constitucional, o que ele poderia fazer era ir na segunda-feira (16/06) se reunir com a Diretora do DRH para ver quantitativos de servidores que prestam serviços extraordinários e ver se poderia ampliar esse número de acordo com a necessidade da administração e a repercussão financeira, lá poderia fazer algumas simulações na folha e terça-feira receberia o Sindicato para anunciar sua proposta.

              É interessante percebermos que mesmo após cinco meses do acordo ainda se fala em cálculos e levantamento de números, contradizendo o que havia sido acordado: ”DEVENDO SER ENCONTRADA FORMA NECESSÁRIA E HÁBIL PARA EFETIVAR O PLEITO”.

                Nesse ponto sentimos fraqueza dos nossos representantes, em nenhum momento fizeram ponderações em defesa do acordo por ele mesmo assinado ou mesmo o lembrando da insatisfação da categoria e que poderia haver uma renúncia coletiva dos serviços extraordinários, o que inviabilizaria o já precário plantão nas delegacias.

                Ao que parece, na Ata o Governo reconheceu naquele momento nosso pleito, mas na hora de “viabilizá-lo”, mudou o discurso. Quanto a isso, o Sr. Fernando Oliveira fez algumas ponderações jurídicas e sugeriu que a lei fosse mudada e passássemos a receber uma espécie de “indenização financeira” pelos plantões, fazendo alusão a Polícia Militar, sugeriu até a criação de banco de horas. Percebe-se uma clara manobra de mudança do foco. Mas para ele, quem poderia fechar a questão seria o setor financeiro, leia-se Mauro Filho. Quanto a questão das promoções, o Procurador deu explicações e ratificou para a Diretora do DRH que todos aqueles que foram prejudicados tem direito a promoção.

              O que não ficou certo é se pagarão o retroativo à época das promoções (2009/2010). Perguntamos diretamente a diretora Sônia e ela afirmou que não, que só seria retroativo a janeiro de 2012. Caso isso ocorra teremos um grande prejuízo financeiro, haja vista todas as diferenças que temos direito durante esse período que fomos preteridos e não tivemos promoção em tempo hábil. Temendo isso, por várias vezes pedimos aos diretores o esclarecimento desse ponto, mas parece que estão de acordo com o pensamento da superintendência, a Inês apenas respondeu que “se eles não derem vocês entram na justiça”, mas ela prometera ao governo não fazê-lo enquanto sindicato. Hoje não tocaram no assunto, assim, parece que o que vai prevalecer é o entendimento da superintendência.

               Ora, se a retirada do artigo 35 repara um erro do passado, consequentemente, tem-se que reparar as perdas financeiras desse erro. Se o argumento é que a repercussão financeira da lei se daria a partir de janeiro, ela também pode retroagir a nos beneficiar. Ou, melhor ainda, o Sinpoci exija aqueles que fizeram tal lei que a revoguem e a retifiquem, pois esse é mais um daqueles casos que jogam com palavras para lançarem a dúvida.

               Mas de tudo que ali vimos, uma coisa nos deixou deveras preocupados, a postura da Senhora Presidenta em relação aos diretores ali presentes. Não nos pareceu que ali havia um time, várias vezes ela os interrompeu ou simplesmente acenava negativamente com a cabeça quando falavam, o que parece que surtiu efeito inibidor. Além disso, divergem claramente sobre a abordagem de algumas questões, o que denota que há diferenças ideológicas na direção do Sinpoci.

               Temos que entender que os interlocutores do Governo são raposas velhas em negociação com categoria funcional e se perceberem alguma fraqueza vão explorá-la. Não temos dúvidas quanto ao compromisso de todos com a causa dos policiais civis, mas temos que pensar na coletividade e não nos deixar encandear pelo brilho das luzes.

Ass. Mário e Feijó.”

                             

2 comentários:

  1. Temos que entender que nassa diretoria não tem força politica nenhuma.

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  2. Está provado mais do que nunca que essa diretoria está muuuito longe de ter um caráter de sindicalismo profissional.
    Bom para a Inês, que ao fim da gestão provavelmente encontrará algum lugarzinho confortável na PC-CE!

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